ITHILIEN – A LUA SOBRE GONDOR
Ensaio de Michael Martinez, traduzido por Edhelcalen (*)
Parte III
Quando Sauron revelou que retornara à vida para atacar Gondor, primeiramente ele foi em
direção a Minas Ithil. Embora esta fosse a cidade-lar de Isildur, a razão estratégica para
tomar Minas Ithil foi remover uma base de operações que poderia ser usada contra
Mordor. Apesar do fato de Minas Ithil cair rapidamente no primeiro assalto, ela seria
considerada como uma cidade militar. Isildur simplesmente não esperava que Sauron saísse
de Mordor com violência. Ele não tinha qualquer razão para acreditar nisso desde que
Sauron tinha afundado junto com Númenor. Os Maiar normalmente não voltavam à vida dessa
maneira. Mas Minas Ithil foi construída para ser uma ameaça a Mordor, e foi claramente
entendida como uma. Assim, Sauron provavelmente levou uma força esmagadora
contra a cidade.
Mas surge a pergunta do porquê Sauron não foi capaz de tomar Osgilath. Se ele possuía
aquela força esmagadora quando atacou Minas Ithil, o que aconteceu? Muito provavelmente
Isildur escapou com muito mais do que apenas sua família. E a notícia que algo errado
acontecera chegou antes de Isildur. Anárion pode ter trazido reforços de Minas Anor, e
ainda haveria auxílio disponível em Pelargir.
Também, muitas pessoas do centro de Ithilien podem ter sido evacuadas possivelmente para
as Emyn Arnen e Osgiliath. Prevenida, melhor equipada e reabastecida desde a retaguarda
até o rio, Osgiliath tornou-se uma barreira formidável à invasão de Sauron.
Mas, aparentemente, faltou a Isildur e Anáriona força numérica de homens para retomar o
que haviam perdido. Ou, também, Isildur compreendeu que Sauron apresentava uma
ameaça maior do que os Dúnedain sempre haviam imaginado. Assim, deixou Gondor e foi
para o Norte, deixando Anárion para manter o reino em segurança. Mais que provável,
Sauron permaneceu com sua fúria em Ithilien por poucos anos. Mas não seria até ficar
sabendo da organização de forças no norte que ele começaria a transferir recursos para a
Terra Parda.
No norte, Sauron se preparou para o ataque que viria. Ele deve ter percebido que tinha
subestimado o poder dos Dúnedain ou sua própria habilidade em empreender uma guerra.
Após seu ataque inicial a Gondor, ele ficou na defensiva. Anárion podia, eventualmente,
retomar Minas Ithil quando Gil-galad e Elendil saíram do norte. A atenção de Sauron devia
estar focada na batalha de Dagorlad. Anárion, possivelmente, também tinha um exército
maior nesse tempo, uma vez que poderia ter passado vários anos aumentando suas forças
como Gil-galad e Elendil o fizeram. Sauron atacou Gondor em 3429, Gil-galad e Elendil
formaram a Última Aliança em 3430. Eles marcharam para Imladris em 3431, e a Batalha
de Dagorlad ocorreu em 3434. Anárion teve cinco anos para recrutar, treinar e equipar
novos soldados.
Mas naqueles cinco anos ele fez alguma coisa ou apenas avaliou mal as forças crescentes de
Sauron? Dos Anéis de Poder e da Terceira Era diz que havia dois senhores numenoreanos,
Herumor e Fuinur, que eram aliados de Sauron e residiam próximos a Gondor. Estes dois
podem ter trazido novas forças para auxiliar Sauron e mantido Anárion distraído. Pior, eles
teriam devastado Ithilien do Sul, Anárion pode ter sido capaz de direcionar o exército de
Sauron de volta para as montanhas, só para descobrir que teria que negociar com novos
adversários atacando Emyn Arnen.
Quando a Última Aliança se provou vitoriosa na Dagorlad, Gil-galad e Elendil parecem ter dado
uma pausa para se reagruparem. Tinham sofrido pesadas baixas na batalha (Amdir, Rei
de Lothlórien foi morto ao lado de muitos de seus guerreiros nos pântanos). Nesse período,
é provável que Isildur tivesse enviado seus filhos, Ciryon e Aratan, para retomar e habitar
novamente Minas Ithil. Nesse ponto, a ameaça a Ithilien tinha sido removida ou extremamente
diminuída. Ciryon e seu irmão permaneceram em Minhas Ithil para se assegurarem de que
Sauron não fugiria por sobre as montanhas. A decisão de mantê-los na cidade parece implicar
que as terras do sul ainda eram amigáveis a Sauron ou estavam nas mãos de seus aliados.
Uma vez que Barad-dûr foi sitiada, Ithilien deveria ter sido reocupada se suas fazendas
fossem produtivas e houvesse homens suficientes para trabalhar nelas. Os grandes
exércitos das alianças necessitavam de alimentos, e com a proximidade da guerra a
produção seria maior e melhor. Embora as demandas do esforço de guerra durassem
apenas alguns anos, Gondor construiu e manteve fortalezas por todas as Ephel Duath e
talvez em outras partes de Gondor. Estas guarnições também requeriam suprimentos, e
Ithilien muito provavelmente se beneficiou disso. A região deve ter se tornado uma Meca
para as pessoas que procuravam novas terras.
Ao menos os primeiros poucos séculos da Terceira Era devem ter sido uma espécie de
boom para Ithilien.
(*) Tradução originariamente publica na O Condado Newsletter, do grupo de discussão do Yahoo “O Condado”.
Obs.: Não tenho o crédito da gravura/foto
Ensaio de Michael Martinez, traduzido por Edhelcalen (*)
Parte III
Quando Sauron revelou que retornara à vida para atacar Gondor, primeiramente ele foi em
direção a Minas Ithil. Embora esta fosse a cidade-lar de Isildur, a razão estratégica para
tomar Minas Ithil foi remover uma base de operações que poderia ser usada contra
Mordor. Apesar do fato de Minas Ithil cair rapidamente no primeiro assalto, ela seria
considerada como uma cidade militar. Isildur simplesmente não esperava que Sauron saísse
de Mordor com violência. Ele não tinha qualquer razão para acreditar nisso desde que
Sauron tinha afundado junto com Númenor. Os Maiar normalmente não voltavam à vida dessa
maneira. Mas Minas Ithil foi construída para ser uma ameaça a Mordor, e foi claramente
entendida como uma. Assim, Sauron provavelmente levou uma força esmagadora
contra a cidade.
Mas surge a pergunta do porquê Sauron não foi capaz de tomar Osgilath. Se ele possuía
aquela força esmagadora quando atacou Minas Ithil, o que aconteceu? Muito provavelmente
Isildur escapou com muito mais do que apenas sua família. E a notícia que algo errado
acontecera chegou antes de Isildur. Anárion pode ter trazido reforços de Minas Anor, e
ainda haveria auxílio disponível em Pelargir.
Também, muitas pessoas do centro de Ithilien podem ter sido evacuadas possivelmente para
as Emyn Arnen e Osgiliath. Prevenida, melhor equipada e reabastecida desde a retaguarda
até o rio, Osgiliath tornou-se uma barreira formidável à invasão de Sauron.
Mas, aparentemente, faltou a Isildur e Anáriona força numérica de homens para retomar o
que haviam perdido. Ou, também, Isildur compreendeu que Sauron apresentava uma
ameaça maior do que os Dúnedain sempre haviam imaginado. Assim, deixou Gondor e foi
para o Norte, deixando Anárion para manter o reino em segurança. Mais que provável,
Sauron permaneceu com sua fúria em Ithilien por poucos anos. Mas não seria até ficar
sabendo da organização de forças no norte que ele começaria a transferir recursos para a
Terra Parda.
No norte, Sauron se preparou para o ataque que viria. Ele deve ter percebido que tinha
subestimado o poder dos Dúnedain ou sua própria habilidade em empreender uma guerra.
Após seu ataque inicial a Gondor, ele ficou na defensiva. Anárion podia, eventualmente,
retomar Minas Ithil quando Gil-galad e Elendil saíram do norte. A atenção de Sauron devia
estar focada na batalha de Dagorlad. Anárion, possivelmente, também tinha um exército
maior nesse tempo, uma vez que poderia ter passado vários anos aumentando suas forças
como Gil-galad e Elendil o fizeram. Sauron atacou Gondor em 3429, Gil-galad e Elendil
formaram a Última Aliança em 3430. Eles marcharam para Imladris em 3431, e a Batalha
de Dagorlad ocorreu em 3434. Anárion teve cinco anos para recrutar, treinar e equipar
novos soldados.
Mas naqueles cinco anos ele fez alguma coisa ou apenas avaliou mal as forças crescentes de
Sauron? Dos Anéis de Poder e da Terceira Era diz que havia dois senhores numenoreanos,
Herumor e Fuinur, que eram aliados de Sauron e residiam próximos a Gondor. Estes dois
podem ter trazido novas forças para auxiliar Sauron e mantido Anárion distraído. Pior, eles
teriam devastado Ithilien do Sul, Anárion pode ter sido capaz de direcionar o exército de
Sauron de volta para as montanhas, só para descobrir que teria que negociar com novos
adversários atacando Emyn Arnen.
Quando a Última Aliança se provou vitoriosa na Dagorlad, Gil-galad e Elendil parecem ter dado
uma pausa para se reagruparem. Tinham sofrido pesadas baixas na batalha (Amdir, Rei
de Lothlórien foi morto ao lado de muitos de seus guerreiros nos pântanos). Nesse período,
é provável que Isildur tivesse enviado seus filhos, Ciryon e Aratan, para retomar e habitar
novamente Minas Ithil. Nesse ponto, a ameaça a Ithilien tinha sido removida ou extremamente
diminuída. Ciryon e seu irmão permaneceram em Minhas Ithil para se assegurarem de que
Sauron não fugiria por sobre as montanhas. A decisão de mantê-los na cidade parece implicar
que as terras do sul ainda eram amigáveis a Sauron ou estavam nas mãos de seus aliados.
Uma vez que Barad-dûr foi sitiada, Ithilien deveria ter sido reocupada se suas fazendas
fossem produtivas e houvesse homens suficientes para trabalhar nelas. Os grandes
exércitos das alianças necessitavam de alimentos, e com a proximidade da guerra a
produção seria maior e melhor. Embora as demandas do esforço de guerra durassem
apenas alguns anos, Gondor construiu e manteve fortalezas por todas as Ephel Duath e
talvez em outras partes de Gondor. Estas guarnições também requeriam suprimentos, e
Ithilien muito provavelmente se beneficiou disso. A região deve ter se tornado uma Meca
para as pessoas que procuravam novas terras.
Ao menos os primeiros poucos séculos da Terceira Era devem ter sido uma espécie de
boom para Ithilien.
(*) Tradução originariamente publica na O Condado Newsletter, do grupo de discussão do Yahoo “O Condado”.
Obs.: Não tenho o crédito da gravura/foto
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