Frase do dia, da semana...

Tanto para o menor como para o maior, há alguma coisa que só se pode realizar uma vez; e nesse feito o coração repousará (Fëanor, no Circulo de Julgamento, O Silmarillion)

sábado, 22 de janeiro de 2011

O hobbit de Tolkien

O site Dicionary.com levantou uma questão bem interessante referente à etimologia da palavra “hobbit”, a raça variante humana que habitava de Eriador, na Terra-Média.

Segundo Tolkien, “hobbit” deriva da palavra, em inglês Antigo, “holbytla”, que significa “construtor de toca”.

Não vou entrar numa explanação etimiológica (até porque estou sempre sem tempo... pareço o coelho de Alice no País das Maravilhas ... “é tarde, é tarde...é muito tarde”.), mas sim sobre o que o autor do texto propôs.

Conforme ele, a palavra “hobbit” , ao contrário do que muitos afirmam, não apareceu de forma inédita através da caneta de Tolkien (“Em um buraco no chão vivia um hobbit”) . Em 1895, o folclorista Michael Aislabie Denham publicou uma longa lista de criaturas sobrenaturais: ninfas, cães do inferno, .... hobbits.

Fica a pergunta: Tolkien conhecia o trabalho de Denham?

Parece-nos difícil que Tolkien desconhecesse a publicação de Deham (ou ao menos o que foi possível recuperar pela Folklore Society, pois muito se perdeu), uma vez que se tornou referência para os estudos de mitos e folclore da Inglaterra, Ilha de Mann e Escócia . A obra a qual me refiro é The Denham Tracts: A Collection of Folklore by Michael Aislabie Denham, editado por James Hardy (London: David Nutt, 1892-5, 2 vols.).

O que eu não encontrei – e se alguém conseguir achar – é o significado de “hobbit” dada por Deham.

E acho bem estranho ninguém ter mostrado isso antes, mas sem especulação, com todos os pontos os is.

Se Tolkien viu ou não isso invalida a criação dele? Não no meu ponto de vista.

Um comentário:

  1. Não há nenhum requerimento de ineditismo na criatividade. O importante é fazer algo legal, e fazer direito, não fazer inédito. A maior vantagem do arcabouço de informações que a humanidade insiste em manter é justamente não precisarmos nos preocupar em inventar tudo novo: basta pegar algo que já existe e dar seu próprio «twist» nele. Subir nos ombros de gigantes e tudo mais.

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