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Tanto para o menor como para o maior, há alguma coisa que só se pode realizar uma vez; e nesse feito o coração repousará (Fëanor, no Circulo de Julgamento, O Silmarillion)

sexta-feira, 26 de março de 2010

Ensaio: Ithilien - Parte I


ITHILIEN – A LUA SOBRE GONDOR
Ensaio de Michael Martinez, traduzido por Edhelcalen (*)

Parte I

Eu sempre quis saber como Ithilien deve ter sido quando estava cheia de pessoas.
O inconstante quadro político deve ter produzido um impacto econômico em Ithilien que, por sua vez, levaria a mudanças populacionais.
O primeiro povo a habitar a região teria sido os Nandor. É perfeitamente possível que todos eles tenham partido na Primeira Era, juntando-se à migração de Denethor para Beleriand.

Mas também pode ser que alguns clãs tenham ficado para trás. Pode ter havido um, dois ou três reinos élficos ou tribos menores na região ainda na Guerra dos Elfos e Sauron. Nesse tempo, as coisas poderiam ter mudado.

Muito provavelmente, os Elfos não migraram para o sul de Emyn Arnen. Não temos muito conhecimento da geografia do sul de Ithilien, mas não parece que a região fosse um convite para ser habitada por Elfos. Cair Andros seria o lugar mais fácil para os Elfos cruzarem o rio e visitarem seus parentes que haviam
permanecido em Anórien, Calenardhon e outras regiões próximas. De fato, pode ser que alguns Elfos mais recentes tenham chegado ali passando através de Calenardhon e Anórien e cruzado o rio em Cair Andros.

Quando Sauron lançou a guerra contra os Elfos, enviou exércitos para o norte da Grande Floresta Verde e para as terras adjacentes, e, através do Anduin, para Calenardhon. Ele deve ter garantido Cair Andros, pelo menos, como uma precaução contra possíveis ataques de Anórien e as terras além das Ered Nimrais.
Parece, baseado em sua linha de retirada vários anos mais tarde, que Sauron usou Undeeps como ponto de cruzamento. As terras entre Cair Andros e Emyn Arnen teriam sido ideais para um reino élfico fundado pelos Sindar, assim parece impossível que Sauron tivesse ignorado essa região. Ele deve ter enviado para lá um exército violento como parte de sua estratégia global.
Talvez os Elfos sobreviventes tenham fugido para o oeste através do rio. Eles poderiam ter alcançado Edhelland e utilizado seus navios para navegar no Mar para Valinor. Embora os reinos do Elfos Silvestres do norte contassem com exércitos no campo de batalha, o poderio militar real dos Elfos estava no reino de Gilgalad e em Eregion. Os Eldar foram os guerreiros e sábios entre os Elfos, e muitos casos de guerra teriam sido entendidos como um problema Eldarin.

Depois da guerra, os Vales do Anduin, no sul, parecem ter sido ignorados por Sauron.
Homens se estabeleceram na região e lá deve ter havido muitas vilas pesqueiras ao longo dos bancos do rio. Os Gwathuirim, que teriam atravessado Anduin mais de mil anos antes, podem ter se expandido para o leste a partir das montanhas. Mas é bem provável que um povo desconhecido tenha se assentado ali, talvez motivado pela guerra de Sauron no leste.

A vida ao longo do Anduin deve ter sido convidativa desde que os Dúnedain
começaram a estabelecer colônias ali. É quase certo que o Pelargir (Estaleiro Real, fundado em 2.350 SE) foi construído como meio de estabelecer o poder numenoreano na área.

Sauron nunca pareceu ter controlado nenhuma frota de navios na Segunda Era. Assim, parece que, provavelmente, Pelargir foi usado como base de operações para deter a pirataria ou obter o controle das passagens para o mar. Os únicos concorrentes, para o tráfego marinho que interessava aos numenoreanos, teriam sido os Elfos.
Os numenoreanos podem ter começado a se estabelecer ao longo do Anduin antes que Pelargir estivesse construído. Umbar fui fundada em 2.280, então, os numenoreanos devem ter se espalhado acima da costa. Sem dúvida, os mercadores e colonos teriam sido capazes de ir para qualquer lugar que quisessem, ao menos até Emyn Arnen. Algumas guerras e contendas podem ter ocorrido nas montanhas, e os selvagens Gwathuirim permaneceram leais a Sauron por um bom tempo.

(*) Tradução originalmente publicada na O Condado Newsletter, do grupo de discussão do Yahoo “O Condado”.
Obs.: não tenho o crédito da gravura, sorry.

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